Roseana e o mito de Pandora

20/05/2009 11:37

Descendente de um povo antigo, o cigano, que espalha pelo mundo muitas histórias sobre a origem das coisas, creio piamente que muitas dessas narrativas fantásticas das civilizações antigas nos trazem ensinamentos que têm muito a ver com a realidade. Uma dessas histórias antigas que vêm a calhar neste momento é o mito da Caixa de Pandora, difundido pelos gregos para explicar a origem das coisas ruins que existem no mundo.
Segundo os gregos, Zeus, o maior dos dozes deuses do Olimpo, queria se vingar de dois titãs (deuses menores) – Prometeu e Epitemeu – porque estes haviam roubado o fogo do Olimpo para dar aos homens. Prometeu foi condenado a ser acorrentado no Monte Cáucaso, e a ter seu fígado comido todos os dias por um abutre. Para punir Epimeteu, Zeus, com ajuda dos outros deuses, criou a primeira mulher, que, além de muito atraente, possuía todas as habilidades – para o bem, como a capacidade de convencer com a mentira. O nome dado a ela foi Pandora (a que tem todos os dons).
Pandora foi dada de presente a Epimeteu, que a aceitou, apesar dos conselhos em contrário do irmão Prometeu. Mas Pandora trouxe consigo uma caixa, na qual Zeus abrigou todos os males: a velhice, a doença, a loucura, a mentira, a inveja, o crime, a fome, a morte e o pior deles – a desesperança.
Zeus havia dito a Pandora para não abrir a caixa de jeito nenhum, pois ela fazia parte do “presente” para Epimeteu. Mas antes de entregar a caixa para o seu novo marido, Pandora não resistiu e a abriu, deixando escapar vários males, com exceção de um: o mal que destruía a esperança.
Essa história pode ilustrar bem a situação que vivemos no Maranhão. Para se vingar do povo maranhense, que não quer mais ninguém ligado a ele dirigindo os destinos do estado, o “Zeus/Sarney”, com a ajuda de alguns “deuses” submissos a ele do Tribunal Superior Eleitoral, castigou os maranhenses, enviando-lhes de “presente” a “Pandora/Roseana” e sua caixa de infortúnios, que, pelo que podemos ver com a tragédia das enchentes, já foi aberta.
Ainda bem que nos restou a esperança. Não cessamos de acreditar que um dia o clã indesejado vai deixar os maranhenses viverem em paz...
(Oswaldo Viviani)

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