“Governo premia advogado responsável pela condenação da Caema”, diz Edivaldo Holanda

12/04/2009 00:00

  A denúncia do rombo de 4,9 milhões na Caema pode virar o feitiço contra o feiticeiro. Pelo menos foi o que deu a entender o discurso do deputado Edivaldo Holanda (PTC) hoje na Assembléia Legislativa. O atual governo estaria premiando com a chefia da Assessoria Jurídica da Caema, o mesmo advogado, Dr. José Filho, que, segundo Holanda, foi o verdadeiro responsável pela condenação da Companhia no caso Morada Nova.
Edivaldo diz em seu discurso, que o premiado advogado perdeu por duas vezes o prazo para interpor recursos em favor da Caema, o que levou a condenação.
A desatenção se limitou ao advogado.

Todos os outros envolvidos foram rápidos no gatilho, em uma história que ainda tem muito o que render. Vai desde a premiação do Dr. José Luís aos bastidores escabrosos da Justiça. Chama a atenção no discurso de Edivaldo Holanda, a facilidade com que algumas autoridades mudam de idéia de acordo com o governo de plantão. O deputado revela que o governo anterior  conseguiu com o presidente do TJ, Raimundo Cutrim, no dia 16 de abril, data do julgamento de Jackson Lago no TSE, revogar o bloqueio dos recursos da Caema, determinado pelo juiz  Abraão Lincon Sauaia. E que no dia seguinte, 17,  já com a posse de Roseana, o mesmo Cutrim voltou atrás e permitiu o bloqueio, que no dia anterior revogara.
Há ainda, e isso foi levantado pelo deputado da base do governo Sarney, Antônio Pereira, os motivos que levaram a construtora Morada Nova exigir o pagamento integral do acordo devido ao atraso de nove dias no pagamento de uma das parcelas da dívida.
Pereira lembrou que a Caema já atrasara outras parcelas em meses anteriores e a construtora nada fez.
É importante que as investigações em curso na Secretaria de Segurança sejam públicas e transparentes, para que não transformem um caso sério, onde os culpados precisam ser punidos, em mero instrumento político para atingir o ex-governador Jackson Lago (PDT), e todos os partidos que formaram a Frente de Libertação.
A exemplo da pirotecnia do secretário de saúde, Ricardo Murad, que em entrevista coletiva, acusou os ex-diretores Rubem Britto e José Augusto Teles pelo seqüestro dos recursos.

Entenda o caso
Toda a história começou quando a Caema concedeu viabilidade técnica à construtora Morada Nova para construir o conjunto Canaã, às margens da Avenida Santos Dumont, nas alturas do bairro São Cristóvão. Depois do conjunto pronto, a Caema se recusou a fazer a ligação de água e esgoto. A Morada Nova ingressou na Justiça e ganhou R$ 25 milhões em indenização, o que foi reduzido através de acordo para R$ 4 milhões, que seriam pagos em 3 parcelas iniciais de R$ 135 mil, e 36 de R$ 101 mil.
A Caema  vinha cumprindo o determinado pela Justiça, e chegou a pagar  mais de R$ 2 milhões do acordo, que estabelece que em caso de atraso, a Morada Nova teria o direito de exigir o resto do pagamento integral.
E foi o que aconteceu.
Resta saber: com a cumplicidade de quem?

Direto do blog do Garrone

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